Autoridades costa-riquenhas investigam a possibilidade de um atentado com explosivo ocorrido no último sábado (27), em frente às instalações da Televisora de Costa Rica (Teletica), ser uma tentativa de intimidar o jornalista nicaraguense Carlos Fernando Chamorro.
O profissional está exilado na Costa Rica com sua família desde janeiro por conta da perseguição que sofre do governo do presidente Daniela Ortega, da Nicarágua. Chamorro, ex-sandinista e apoiador de Ortega no passado é filho da ex-presidente Violeta Chamorro e proprietário do jornal online El Confidencial. Atualmente, o jornalista produz na Teletica os programas televisivos que transmite aos nicaraguenses.
O presidente de Costa Rica, Carlos Alvarado, condenou o atentado e determinou a investigação. “Alguns poucos não podem intimidar país e calar a liberdade de expressão”, escreveu o mandatário no Twitter. O relator especial da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a Liberdade de Expressão, Edison Lanza, também condenou o incidente, assim como a Anistia Internacional.
Diferentes entidades internacionais sustentam há meses que o governo de Ortega tem repetido o mesmo tipo de repressão utilizado pelo mandatário da Venezuela, Nicolás Maduro, para silenciar os jornais independentes. As entidades indicam como principal desafio o imediato enfrentamento aos ataques contra jornalistas e o clima de impunidade; à censura indireta; e à criminalização da livre expressão e do direito de reunião.
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https://confidencial.com.ni/atacan-con-explosivo-la-sede-de-una-televisora-en-costa-rica/
https://www.elnuevodiario.com.ni/nacionales/497541-ataque-teletica-carlos-fenrando-chamorro/