Em artigo no Nieman Lab, os pesquisadores assinalam que muitas redações tendem a adotar um rigoroso princípio de precaução, dentro dos seus preceitos éticos. “Nos casos em que a veracidade de uma informação ou conteúdo não pode ser confirmada, essa organizações tendem a não reportar até que a confirmação se concretize”, afirmam John Bowers, Tim Hwang e Jonathan Zittrain. Além disso, assinalam os estudiosos, as deepfakes serão, em muitos casos, interpretadas como um ato político, e as redações vão querer dedicar algum tempo para acertar na verificação.
Os pesquisadores afirmam que, para encurtar a distância entre um vídeo viral e a checagem, as redações precisam expandir seu repertório técnico e, o quanto antes, estabelecer colaborações mais fortes e em tempo real com a comunidade de pesquisa que trabalha com metodologias de detecção de deepfakes. “Ao dar às redações acesso às ferramentas mais recentes para verificar a veracidade do conteúdo, podemos colocá-las em uma posição melhor para acompanhar o fluxo de desinformação”, enfatizam os pesquisadores. Para eles, também é necessário maior transparência e colaborações entre redações e empresas como Facebook e Google, que podem desempenhar um papel importante na melhoria da capacidade dos jornalistas de investigar e verificar a desinformação postada nas plataformas virtuais.“As redações precisarão desenvolver novos parceiros e procedimentos, a fim de que a busca por autenticidade positiva não seja paralítica. A natureza fundamentalmente multilateral desse processo de inovação significa que eles (jornalistas e organizações de notícias) não serão capazes de fazê-lo sozinhos”, afirmam os pesquisadores.
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