A organização internacional de defesa ao jornalismo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou uma ferramenta, Tracker 19, para monitorar e avaliar os impactos da pandemia nas liberdades de imprensa e de expressão. Com isso, a organização passou a documentar a censura de governos e a desinformação deliberada durante a crise global de saúde, e como isso afeta o direito a notícias e a informações confiáveis. Também fará recomendações sobre como defender o jornalismo diante dessas ameaças.
Os dados coletados são provenientes da rede de agências e correspondentes da RSF. O Tracker-19 oferece um mapa-múndi interativo sobre a situação da liberdade de imprensa, cobertura constante dos desenvolvimentos e análises de questões-chave.
“A crise do coronavírus fornece uma prova irrefutável da relevância de nossa luta”, afirma o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire. “A censura não pode ser considerada um assunto interno de um país. O controle da informação em um determinado país pode ter consequências em todo o planeta e estamos sofrendo os efeitos disso hoje. O mesmo vale para desinformação e rumores. Eles fazem as pessoas tomarem más decisões, limitam o livre arbítrio e minam a inteligência.”
A RSF também expandiu seu serviço de assistência oferecido a jornalistas vítimas de represálias provocadas por sua atividade profissional. Diante da pandemia do novo coronavírus, causador da COVID-19, a entidade passou a oferecer apoio financeiro a jornalistas diretamente impactados pela pandemia.
Podem enviar pedidos de apoio os comunicadores que tenham sido infectados pelo novo coronavírus durante a cobertura da crise sanitária e que precisem da assistência para gastos médicos, informou a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Os profissionais perseguidos por autoridades públicas, em represália à cobertura da pandemia, também podem serão considerados. As solicitações de apoio individual devem ser enviados para os e-mails assistance@rsf.org e assistance2@rsf.org.
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